sexta-feira, 24 de março de 2017

Testemunho de Fátima, doente tetraplégica

Há vinte e seis anos que Fátima convive com a sua paralesia de forma natural. Ficou tetraplégica, devido a um acidente que danificou a coluna cervical. Apesar desta imobilidade tem uma senhora que diáriamente a ajuda e consegue sentá-la numa cadeira na sala de estar.” Não mexo as pernas, nem as mãos, dos ombros para baixo estou imobilizada. Fico bem sentada, só quando a coluna fica cansada é que tenho de me deitar”, explica-nos a Fatinha, como é conhecida entre as voluntárias que a visitam todas as semanas.


Vive no concelho de Óbidos, numa moradia muito cuidada, recebe com regularidade a visita dos dois filhos ( 34 e 32 anos) e dois netos ( 12 e 10 anos) que lhe dão uma "grande alegria". Tem visitas de várias voluntárias que a animam a passar melhor os dias. Sempre sorridente, porque descobriu Deus, o seu conforto vem deste apoio espiritual, “sei que o Senhor pode curar-me”. Serena acrescenta ainda: “Espero sempre o melhor no dia de amanhã, espero o milagre e um dia vou começar a andar. Quero ajudar a quem está a sofrer com esta minha paz, e com a minha esperança. Gosto que me levem à porta para ver o sol e as nuvens, os passarinhos, as ovelhas, enfim tudo é lindo. A criação é linda. Até dou valor a uma folha que cai de uma árvore. A vida é bela, o ser humano é que estraga tudo. Um dia que comece a andar vou ser a pessoa mais feliz à face da Terra. O amor de Deus é o melhor para ajudar os doentes. Foi o encontro com Ele que me deu ânimo e me da forças para querer viver."
Fátima valoriza a vida mesmo estando tetraplégica, o apoio das voluntárias tem sido determinante para passar o seu tempo com outro estado de ânimo.
Redacção STOP eutanásia

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