segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Setembro, a aurora de uma vida com sentido, por Sofia Guedes

Setembro, o mês das vindimas, da recolha do fruto que se irá transformar em vinho, um produto que tanto nos tem honrando, que é sinónimo de alegria, e que desde há muitos anos coloca Portugal em evidência no mapa do mundo.
Setembro é também o mês do balanço que permite voltar ao trabalho já com as contas feitas e fazer planos para a vida que irá recomeçar, depois dum descanso merecido. O movimento cívico STOP eutanásia não podia ficar de fora. Depois de um ano de trabalho incansável, de se ter tornado visível na arena política, na sociedade civil e na esfera internacional, muito há a dizer deste movimento que nasceu em Portugal, mas que tem como padrinhos a França e a Bélgica. Recentemente, participámos na Universidade de Verão da Alliance Vita que nos deu uma grande perspectiva de defesa da vida e como vale a pena lutar pela dignidade da vida humana.
Por isso, recomeçamos com muita alegria este trabalho pela defesa dos mais frágeis, dos que não tem voz.
Resumindo a ainda pequena história do STOP eutanásia, podemos dizer que hoje contamos com cerca de 20 especialistas das áreas da saúde, do Direito, da filosofia, da psicologia, de acompanhamento espiritual e de 400 pessoas que tendo assistido as nossas conferências e sessões de esclarecimento estão prontas a ir para o combate pela defesa da dignidade da pessoa humana. Um combate que assenta na Paz e na busca da Verdade.
Um pouco da nossa história que começou em Julho de 2016:
. Convidamos especialistas estrangeiros para nos esclarecerem sobre a realidade da lei da eutanásia na Europa, sobretudo na Bélgica e Holanda e as suas terríveis consequências. Quisemos também saber como se combate com profissionalismo, como é o caso da França.
. Criamos um blog com a intenção de formar e informar, esclarecer e testemunhar tudo o que tem
a ver com o tema da eutanásia .
. Participamos na Université de la Vie, uma iniciativa da Alliance Vita França, na área da
biopolítica e bioética.
. Organizamos sessões de formação em diversas cidades e vilas do país.
. Contactamos e conversamos com jornalistas.
. Participamos em manifestações públicas com apelo aos políticos.
. Entramos em debates. Ouvimos com atenção os que não pensam como nós, sem os considerar
inimigos.
. Fomos porta voz dos juristas que têm no Direito o seu porto seguro na defesa dos mais frágeis,
ao entregar uma carta dirigida a todos os deputados da AR.
. Fomos recebidos por todos os grupos parlamentares.
. Ouvimos médicos que tem como principal e único, o juramento de Hipócrates.
. Aprendemos com filósofos a reflectir o verdadeiro sentido da vida humana.
. Convidamos pessoas doentes para darem o seu testemunho sobre a experiência de estar
hospitalizado, a sua relação com os cuidadores e que conselhos podem dar para ajudar a
humanizar a sociedade.
. Lançamos os folhetos  "10 razões Porque dizer Não a eutanásia" e " 10 Ideias  Solidárias".
. Fomos oradores num grande encontro internacional com o tema: “ A Arma da Paz, para um novo compromisso na defesa da vida humana”.
Tudo isto porquê?
Porque nascemos com uma vocação muito própria e um desejo profundo de procurar caminhos de entendimento, de busca da verdade sobre o homem, de uma nova ecologia humana e de nunca ver no outro um inimigo a abater, mas alguém que por ser ao mesmo tempo grande e frágil procura desesperadamente formas de atenuar o sofrimento.
Nascemos, caímos, levantamo-nos, cansamo-nos, alegramo-nos, e por tudo isso sentimo-nos fortes e capazes de ir em frente. Queremos ir mais longe, formar mais pessoas, alertar e acordar todos para que acreditem que a vida também está nas nossas mãos, não para matar, mas para cuidar e aliviar. Desejamos usar e provocar a nossa inteligência na busca de gestos mais humanos, despertando consciências . Queremos aprender a aproximar e escutar, com Paciência que é afinal a ciência da Paz. E se já podemos contar com amigos de Franca e Bélgica , desejamos muito contar com Portugal, este País que tem na sua génese uma enorme vontade de servir e de ir mais longe. E convidamos a contactarem-nos para juntos formarmos um exército de boa vontade.

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