sábado, 13 de maio de 2017

Papa fala de eutanásia aos jornalistas no avião de regresso a Roma

Na viagem de regresso a Roma, depois de uma visita de 24 horas a Portugal, o Sumo Pontífice da Igreja Católica fala aos jornalistas num avião da TAP. O Papa Francisco criticou o “clericalismo”, que classificou como “uma peste na Igreja” de que os padres “devem fugir”, porque “afasta as pessoas”.
Francisco considera que está em causa “um problema político”. Também, a consciência católica não é consciência, às vezes, de pertença total à Igreja. Por detrás, não há uma catequese matizada, uma catequese humana”, comentou.
Para Francisco, “falta informação e também cultura”, além de um “trabalho de catequese, de consciencialização, de diálogo, de valores humanos”. De seguida, o líder da Igreja Católica disse que “é curioso que em algumas regiões, como Itália, como a América Latina, são muito católicos, mas são anticlericais”. “É um fenómeno que acontece”, referiu.
Para saber mais leia aqui.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Ciclo de conferências organizado pelo Conselho Nacional de Ética “não pode inibir competências da AR”, avisa BE

Parece que o BE e o PS estão tão intransigentes na questão da eutanásia que afinal não admitem qualquer debate nacional na sociedade civil, nem sequer qualquer iniciativa promovida pelo Presidente da República. Mas afinal não vivemos num estado de Direito Democrático? Os valores de Abril serviram para quê? Liberdade de expressão só para alguns? O povo não é soberano? Nem tão pouco o PR pode  convocar um ciclo de conferências sobre eutanásia organizado pelo Conselho Nacional de Ética?
Dizem eles que o PR não pode inibir competências da Assembleia da República? Afinal onde vamos nós parar?
Para saber mais lei aqui a noticia no original.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Plataforma de Psicólogos com intervenção nos cuidados paliativos


O trabalho em equipa interdisciplinar constitui indiscutivelmente um dos pilares dos Cuidados Paliativos. Neste sentido, a Ordem dos psicólogos decidiu este ano ajudar as equipas de cuidados paliativos com uma plataforma para ir de encontro às necessidades dos doentes e seus cuidadores.
A Plataforma de Psicólogos com intervenção nos cuidados paliativos foi criada no âmbito de uma das propostas vencedoras do Orçamento Participativo 2015, da autoria de Carla Fernandes. De acordo com a proponente, este espaço tem como objectivo a "a criação de redes de trabalho entre os profissionais da psicologia que exercem a sua actividade na mesma área ou em áreas similares, permitindo a partilha e a reflexão".
O movimento moderno dos cuidados paliativos, iniciado em Inglaterra na década de 60, e que posteriormente se foi alargando ao Canadá, Estados Unidos e mais recentemente( no últimos 40 anos do século XX ) à restante Europa, teve o mérito de chamar a atenção para o sofrimento dos doentes incuráveis, para a falta de respostas por parte dos serviços de saúde e para a especificidade dos cuidados que teriam que ser dispensados a esta população.
Os cuidados paliativos definem-se como uma resposta activa aos problemas decorrentes da doença prolongada, incurável e progressiva, na tentativa de prevenir o sofrimento que ela gera e de proporcionar a máxima qualidade de vida possível a estes doentes e suas famílias. São cuidados de saúde activos, rigorosos, que combinam ciência e humanismo.
No nosso país, mais concretamente, podemos dizer que os serviços qualificados e devidamente organizados são escassos e insuficientes para as necessidades detectadas ? basta lembrar que o cancro é a segunda causa de morte em Portugal, com uma clara tendência a aumentar. Para além disso, importa reforçar que os cuidados paliativos são prestados com base nas necessidades dos doentes e famílias e não com base no seu diagnóstico. Como tal, não são apenas os doentes de cancro avançado que carecem destes cuidados: os doentes de SIDA em estado avançado, os doentes com as chamadas insuficiências de orgão avançadas (cardíaca, respiratória, hepática, respiratória, renal) , os doentes com doenças neurológicas degenerativas e graves, os doentes com demências em estadio muito avançado. E não são apenas os idosos que carecem destes cuidados ? o problema da doença terminal atravessa todas as faixas etárias, incluindo a infância. Estamos , por isso, a falar de um grupo vastíssimo de pessoas, dezenas de milhares, seguramente - , e de um problema que atinge praticamente todas as famílias portuguesas.
Para mais informações sobre esta plataforma de Psicólogos de cuidados paliativos clique aqui.


segunda-feira, 8 de maio de 2017

Há idosos tratados "de forma perversa" pelos filhos em Portugal


Provedoria de Justiça recebeu em 2016 mais de 2800 telefonemas através da Linha do Idoso
O provedor de Justiça considera que há idosos tratados "de uma forma absolutamente perversa", graças a uma sociedade que inverteu a pirâmide social e trouxe "consequências dramáticas" para as pessoas mais velhas, como o abandono ou a solidão.
Em entrevista à agência Lusa, José de Faria Costa apontou que a sociedade actual não só não está preparada para "responder aos anseios da população mais idosa", como inverteu a pirâmide social e, com isso, trouxe "consequências dramáticas" para as pessoas mais idosas, "nomeadamente coisas pouco bonitas", mas reveladoras do actual sistema de valores.
"Os filhos a ficarem com as pensões dos pais e serem os vizinhos a dizerem ao provedor que há uma pessoa acamada, sozinha e os filhos ficam-lhe com o dinheiro das pensões", exemplificou.
Apontou outro tipo de situação, "muito mais grave", que acontece quando se aproxima a época de Verão, em que "alguns filhos" começam a diminuir a terapêutica aos pais, fazendo com que eles entrem em perda e sejam internados de urgência.
"Como os filhos sabem que só os podem deixar se eles forem internados de urgência, obviamente começam a fazer isso e isso é uma coisa maquiavélica, péssima, que dá um retrato muito feio da sociedade portuguesa", criticou.
Segundo o provedor de Justiça, que não quis alongar-se muito sobre o assunto, estas realidades foram mais presentes nos tempos da "crise profunda", mas salientou que basta haver apenas um caso por ano "para mostrar a perversidade com que é tratada a velhice".
Leia o artigo na íntegra aqui.